Viagem: Hotel Fazenda Hípica Atibaia
A minha intenção era escrever um mini-post diário no Facebook, contando como foi o meu final de semana, mas eu esqueci o carregador do meu notebook-laptop (estou tentando me acostumar a chamar o note de laptop para não esquecer esse detalhe ao escrever em inglês) e ficaria sem bateria antes de terminar de escrever sobre o primeiro dia.
Por isso, resolvi escrever aqui no blog uma resolução de todos os meus dias lá – não nos mínimos detalhes, claro – e contar um pouquinho sobre a viagem no meu blog, o que eu achei do retiro, o que eu tirei de tudo aquilo e todas as inspirações que aquele lugar lindo me trouxe!
A viagem e os propósitos dela
Quem me acompanha no meu Facebook pessoal sabe que minha mãe cuidou – eu só ajudei – da avó do meu padrasto, a vó Noemia, quando ela ficou doente até que veio a falecer. A família dela, agora também minha, nos presentearam com uma viagem para um Retiro de Mulheres da igreja evangélica que eles frequentam. Era uma viagem que a vó fazia todo ano e pela qual ela estava animada em ir esse ano, então para mim e para a minha mãe, era uma forma de homenageá-la.
É claro que no início eu estava meio reticente em ir, pois eu sabia que teria que ir aos cultos e participar das atividades da igreja enquanto estivesse por lá, mas confesso que achei que seria bem pior. Ok, ainda não gostei de ficar três horas sentada ouvindo a palavra, ainda mais quando alguns dos pontos ditos ali eram muito contra tudo aquilo o que eu acredito, mas não foi de todo ruim, foi bom ter um momento com Deus e fazer algo que não fazia há tempos: rezar (porque mesmo estando num culto, e não numa missa, eu ainda sigo mais o catolicismo do que o evangelismo!).
Eu não sou religiosa e quem me conhece sabe disso. Acredito em Deus e fim.
Acredito em reencarnação, acredito que além de eu ter um anjo atrás de mim, há outros espíritos provavelmente me rondando nesse exato momento, acredito em vida após a morte e que todos nós estamos aqui para cumprir uma missão, acredito também que se essa missão não for cumprida, voltaremos numa outra vida para pagar por isso, acredito que o céu existe, não acho que tudo o que não esteja na Bíblia é do diabo, e por aí vai...
Minha família é dividida entre católicos e evangélicos, e eu também já frequentei centros espíritas, por isso respeito todas as religiões, inclusive as que não conheço; não me considero ateia, mas tenho todo o direito de acreditar em tudo ou nada e não julgo as pessoas pelo que elas acreditam. Nem sempre dá certo isso de não julgar, confesso, acho alguns pensamentos dos religiosos muito radicais, mas eu tento!
O hotel, a piscina e a rotina
O hotel fica numa parte de Atibaia um pouco afastada da cidade e nós não saímos de lá, mas o hotel era gigantesco e tinha muitos lugares para visitar.
Eu não gosto de praia, mas sou apaixonada por piscina, então vocês podem imaginar que eu não saí de lá, certo?
Quando chegamos por lá, na sexta à noite, além de tirar fotos, a primeira coisa que fiz foi colocar o maiô e ir pra piscina aquecida, porque estava um friozinho super gostoso.
Em casa, a minha rotina é simples: escrevo durante a noite e madrugada, vou dormir de manhã, acordo à tarde, almoço e então faço tudo de novo. Foram só três dias pra criar uma rotina, mas funcionou.
Café da manhã às nove da manhã, culto até a hora do almoço, almoço, piscina, passeio e fotos, culto à noite, mais fotos e dormir antes da meia noite. Eu planejava escrever, já que lugares novos me inspiram (e isso significa que até uma ida à casa da minha tia significa que eu posso acabar conseguindo escrever com mais fluidez do que se eu estivesse na minha casa), mas por causa do pequeno contratempo citado no início do post, tudo o que eu fiz foi ter ideias...
A inspiração
O hotel tinha paisagens lindas. Eu não consegui ter um momento para sentar, olhar em volta e apenas admirar a paisagem, sem pensar que em menos de trinta minutos eu precisaria ir para o culto, ou ficar na piscina apenas olhando as pessoas passarem.
No entanto, acho que se eu fizesse isso, nada me viria, porque por mais que na hora de escrever, eu prefira o silêncio das madrugadas, na hora de escrever, as minhas inspirações sempre chegam com o barulho, com as conversas, com os murmurinhos...
Eu tive várias ideias por lá, não só para novos plots, – como se eu já não tivesse tantos a serem desenvolvidos e escritos – mas também alguns pontos a serem trabalhados em Sete dias no paraíso, que é a história que estou escrevendo atualmente, e um acréscimo significativo em O Diário Secreto de Melissa.
Quando eu voltei, tive uma conversa com uma pessoa que só aumentou a minha vontade de escrever sobre isso e, apesar de não ser um projeto para agora, é algo que eu quero muito colocar no papel e escrever.
Tempo para leitura
Acho que quem é bookaholic, sempre arranja tempo para ler. Nessa viagem, eu li pouco, mas li, e é isso o que importa.
No ônibus, na ida, comecei a leitura de Enquanto a chuva caía, da Christine M, e o li quase todo durante aquela noite, enquanto o sono não vinha.
Já no último dia, comecei a leitura de Renascer de um outono, novo livro da querida Samanta Holtz, e uma das minhas aquisições da Bienal de SP.
O saldo do final de semana
Em determinado momento, o vídeo acima foi mostrado, e acho que - depois da homenagem feita à vó Noemia - foi o que mais me emocionou. Religiosos, ou não, o vídeo é emocionante e passa uma linda mensagem.
E a pergunta que eu não quer calar, e a que eu mais ouvi por lá, no final, foi: e aí, você gostou?
SIM!
Foi muito bom, eu pude curtir um pouco a minha mãe – mesmo ela tendo grudado naquele celular na maior parte do tempo, afinal, não dava para ser perfeito – reencontrei uma tia, me aproximei mais dessa minha nova família e, é claro, aproveitei e me diverti muito!
Se eu voltaria em outra oportunidade? Não sei. Como eu disse, eu não sigo uma religião, eu não me encaixo em uma, concordo com elas em alguns pontos e discordo em tantos outros, e minha mente é muito aberta para ser mudada agora, e isso significa que eu estaria lá, porém não por completo.