Crônica | O amor

Em um dos meus – muitos – momentos de procrastinação, deparei-me com um link na timeline do Facebook com a seguinte chamada (ou algo parecido com isso): “Provas de que o amor ainda existe”.

Espera! Tem gente que ainda duvida que o amor – ainda – exista?

Com todos os erros da humanidade, afinal nós não somos perfeitos, o amor é uma das características que mostra que nós sentimos.

Quando se ama, os sentimentos são tantos e tão conflitantes que nos mantém vivos. Quem nunca chorou por um amor não correspondido? Ou sorriu por um gesto simples como ele ter se lembrado da cor que você mais gosta? Se você nunca sofreu por um coração partido, um dia a sua vez vai chegar (ou não, se você conhecer o amor da sua vida logo de cara...), se você nunca sentiu a expectativa de receber aquele beijo tão aguardado, um dia isso vai acontecer com você, também.

É verdade que cada homem e mulher demonstra o que sente de uma forma diferente. Um carinho ou cafuné, um apelido carinhoso, a forma como ele te beija quando vocês se veem, a forma como ele acha aquele seu defeitinho tão apaixonante quanto o resto de você ou o jeito que ele te toca enquanto fala com você.

Quando você sente o calor da mão dele em seu rosto e sente-se adorada, ou quando ele beija bem pertinho do seu ouvido ou pescoço por saber o quanto você gosta, quando ele te abraça por trás e diz baixinho algo que você já sabia que ele diria por conhecê-lo tão bem, mas que também adora quando ele diz algo totalmente inesperado. Quando ele não precisa beijar sua boca, porque, afinal, existe queixo, pescoço, nuca, testa, ombro e muitas outras partes do seu corpo que ele pode beijar.

Você se sente confortável com ele. Nudez não é um problema, mesmo quando não há nenhuma conotação sexual. Você se sente em paz. Não só por estar ao lado dele, mas por sentir-se bem consigo mesma, independente de qualquer coisa.

Você acha românticas todas aquelas coisas que você sempre disse serem bregas, como assistir ao pôr do sol agarradinho com ele, ou observar a lua e as estrelas enquanto ele aponta as constelações (ou vice-versa) e a forma como ele te aninha nos braços dele e não reclama de passar horas e horas na mesma posição, apenas olhando nos olhos dele enquanto sente seu coração batendo.

O carinho, a proteção, a atenção, a dedicação e a compreensão são alguns dos pontos que contam muito no seu amor, assim como a amizade e a verdade no relacionamento.

Seu amor pode não ser como o da Rainha Elizabeth II, para uma vida inteira, ou como o de Edward e Bella, que sobrepôs todas as barreiras (e ele pode não ser como o Edward, à moda antiga, se é que me entendem), ou pode ser que vocês se encontrem em momentos diferentes da vida, como Emma e Dex, ou viva um romance de colegial, como Gabriella e Troy, que pode ou não durar por mais tempo.

Acredito que tenhamos uma alma gêmea, mesmo que acabemos nunca a encontrando, mas o amor... Durante uma vida, podemos ter vários, e também apenas um.