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Mostre um pouquinho do seu amor


Perceba o amor nas entrelinhas. Não diminua os outros pelas caras feias. Não tente medir o sentimento alheio. Somos conhecidos pelo coração que sempre cabe mais um, os sorrisos abertos e os abraços apertados. Mas nem todo mundo é assim e tudo bem. Num mundo onde se diz “eu te amo” como se pede um copo d’água, ainda há quem hesite centenas de vezes antes de dizer essas três palavrinhas tão especiais. Às vezes, as pessoas não estão aptas a nos dar aquilo que precisamos, da forma como precisamos. Os pessimistas, como eu, costumam dar mais valor às coisas ruins do que às boas. E isso acontece porque dá mais trabalho pescar as coisas boas e ser feliz com o que se tem. É mais fácil observar as qualidades dos outros e acreditar que todas as coisas ruins estão voltadas para nós mesmos.

Existem coisas que não podemos mudar. Tenho plena consciência e maturidade o suficiente para entender isso. As pessoas não são perfeitas. E não são bonecos – ou personagens – que eu posso moldar do meu jeitinho, fazer se encaixar perfeitamente de acordo com aquilo o que eu penso, acredito e acho que é certo. Mesmo assim, não consigo deixar de imaginar como as coisas poderiam ser diferentes. Melhor. Ou não. Porque a vida é tão subjetiva e está sempre nos pregando peças.

O texto de Dia das Mães do Gabriel Goffi me fez enxergar algo que eu já vinha pensando e trabalhando muito nos meus momentos de reflexão e de escrita e que ainda falta um pouquinho pra eu chegar no grau de “evolução” dele nesse sentido. A visão de mundo que eu tenho hoje é completamente diferente da visão de mundo que a minha mãe tem, que as minhas tias e tio têm e que, por sua vez, é totalmente diferente da visão que os meus avós têm. As diferenças de épocas e criações e influências externas se chocam todos os dias e é difícil se colocar no lugar do outro quando os pensamentos são tão divergentes. Às vezes é impossível conversar. É preciso compreensão dos dois lados.

Eu aceito a minha família como eles são – ou, pelo menos, tento. Um pouquinho mais a cada dia. E sei que eles também tentam me aceitar do meu jeito – e tentar mudar o que acham que eu tenho que mudar – e, de alguma forma, me deixar errar tentando acertar na profissão que eu escolhi pra mim.

Gosto de acreditar que estamos em constante evolução e se há algo que eu não posso aceitar hoje, vamos tentar de novo amanhã?

A Letícia de 19 anos ainda precisa aceitar muita coisa. Se colocar muito no lugar de quem eu amo antes de julgá-los. Precisa dizer mais “eu te amo”, porque pode não ser fácil dizer primeiro, mas às vezes é necessário. Ou você não sai do lugar.

Mostre um pouquinho do seu amor. Hoje ou amanhã. Fale. Não se esconda. Porque é bom ouvir de quem você se importa que ela também se importa com você.

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Escrito por Letícia Kartalian

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